sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ainda há esperança para Podolski?

Texto originalmente publicado no site Bundesliga Brasil
Ele é rei em Colônia… Mas somente lá
Ele estava em casa, a vontade e com moral por parte de Joaquim Low. O amistoso entre Alemanha x EUA em Colônia tinha tudo para ser uma grande chance de recuperar seu ânimo. Nem assim foi suficiente para Lukas Podolski mostrar resquícios do grande jogador que já foi um dia.

Com uma temporada preguiçosa e recheada de selfies e descompromisso, o atacante mostrou mais uma vez que não se importa de ser mero coadjuvante por onde passa. Abraçado e adotado pelos brasileiros na Copa de 2014, Podolski ficou conhecido como o bobo da corte da seleção alemã. Rei das redes sociais e carismático com todos, conseguiu a atenção redobrada de torcedores e imprensa, e em nenhuma vez por suas atuações em campo.

Arsene Wenger foi muito cobrado pela torcida do Arsenal quando o mesmo descartou o jogador de seus planos e parou de escalá-lo nos jogos. Podolski era preterido até por nomes fracos como Sanogo. O motivo? Comprometimento. Segundo o técnico da equipe londrina, Lukas nunca demonstrou comprometimento em campo. Muitas vezes, quando ganhava a chance no time titular, pouco fazia em campo.

O atacante então foi emprestado para a Inter de Milão, que apostou suas fichas no alemão e animou sua torcida. Com atuações discretas e pouco efeito nos treinos, foi mais uma vez renegado pelo técnico Roberto Mancini, provando aos torcedores do Arsenal que o problema não era a teimosia de Wenger.

Nem mesmo na Inter Poldi conseguiu se destacar
 Atualmente, enquanto esquenta o banco de diferentes times, Podolski vive uma vida de agitos e selfies fora dele. Quando surgiu no Colônia em 2003, ainda com 18 anos, Lukas se tornou o jogador mais jovem a ser artilheiro da Bundesliga, somando 19 gols em 10 jogos. No ano seguinte, com o time na segunda divisão, foi o protagonista da equipe e principal responsável por recuperar a má fase do Colônia e trazê-lo de volta a primeira divisão. Foram três temporadas brilhantes que o levaram para a seleção alemã e ao Bayern de Munique nos anos seguintes.

Se há um lugar onde Podolski ainda é respeitado e tratado como rei esse lugar é justamente a sua casa, Colônia. Em 2009 o atacante retornou ao time e mais uma vez conseguiu recuperar seu bom futebol, somando 86 gols em 181 jogos pelo clube. Mais uma vez trouxe o time de volta a primeira divisão, se tornando ainda mais ídolo, antes de se transferir para o Arsenal.

A cidade e o time de Colônia têm uma gratidão eterna com o atacante, já que o revelou para o futebol. Ao entrar em campo no amistoso contra os EUA, Joaquim Low lhe deu a faixa de capitão, mostrando que acredita em seu coringa. A torcida também foi a loucura, mas isso durou apenas 10 minutos. Em campo, Lukas caminhou durante todo o segundo tempo e errou lances bizarros.
Resultados cada vez mais decepcionantes
A paciência de Joaquim Low com o atacante parece se esgotar a cada dia que passa. Não deve demorar muito para ele ser sacado de vez da seleção alemã.

Chances de dar a volta por cima nunca faltaram, mas Podolski não parece almejar mais do que um banco de reservas e vários dias de folga para turistar por onde passa. Uma pena, para um atacante que surgiu com tanta esperança para a seleção alemã e ganhou o prêmio de melhor jogador jovem na Copa do Mundo em 2006, ganhando de nomes como Lionel Messi.

Seria a melhor solução para sua carreira no momento retornar ao clube do Vale do Reno? Se há um lugar onde torcida e time ainda acreditam no jogador, esse lugar é Colônia.