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Arsenal Campeão da FA Cup 2004/05 (Foto: Getty Images) |
10 anos. É esse o tempo que separa a fase de ouro do Arsenal
para a atual, com um longo jejum de títulos. O último troféu conquistado pela
equipe inglesa foi a FA Cup da temporada 2004/05, quando bateu o Manchester
United na final, vencendo por 5x4 nos pênaltis, após empatar em 0x0 no tempo
normal. Naquela época o time ainda contava com sua maior estrela, Thierry
Henry, que acabou ficando de fora da final.
As última final importante disputada pelos ingleses foi o emocionante jogo contra o Barcelona, na final da Champions League de 2005/06. Ainda dói no coração de cada gooner a chance perdida naquele emblemático dia. O Arsenal dominava o jogo e vencia por 1x0 até metade do segundo tempo, parecendo até mesmo construir uma vantagem ainda maior logo mais. Com um jogador expulso, foi preciso recuar o time. O Barcelona virou o jogo em menos de 10 minutos, e não teve tempo dos londrinos reagirem. 2x1 e fim do sonho. Depois disso conseguiu chegar em duas finais de Copa da Liga Inglesa, em 2007 contra o Chelsea, e em 2011 contra o Birmingham City. Em ambas as partidas o time morreu na praia. Foram duas derrotas por 2x1 e mais uma chance de título que escapava.
Desde então o Arsenal nunca mais conseguiu formar uma grande
equipe, como foram os esquadrões de 2002 a 2006. O time inglês passou a ter fama de azarado, devido ao grande
histórico de lesões de seus principais jogadores. Com o passar dos anos, o
torcedor já tem se acostumado com o cronograma da equipe. A temporada começa
promissora, com boas apostas em campo e fôlego de sobra. As semanas vão
passando, as rodadas encurtando e os adversários vão crescendo, quando o
Arsenal começa a demonstrar seu maior problema. E enfraquece. Mesmo contando
com bons jogadores durante esses dez anos, o time nunca mais conseguiu vencer
uma grande decisão, viu jogadores importantes sofrerem lesões gravíssimas,
sofreu goleadas históricas dos rivais e passou a se contentar com uma vaga para
a Champions League.
Na atual temporada, vemos um Arsenal que passou grande parte
do campeonato no topo da tabela da Premier League. Um Arsenal que abriu seus
cofres e finalmente trouxe um reforço de peso. Ozil é o jogador mais caro da
história do clube londrino. Em campo, ainda sentimos a inferioridade do Arsenal
em relação a seus rivais diretos. Com uma temporada fantástica dentro de casa,
o Liverpool consegue bater de frente com os favoritos ao título, Chelsea e
City. Ao contrário do Arsenal.
Chegando a uma fase decisiva para definir seu futuro no campeonato, o clube mais uma vez enfrenta seu maior inimigo: as lesões. Ramsey vinha fazendo uma temporada para encher os olhos e a esperança de qualquer Gooner. O galês machucou e não joga desde dezembro. Walcott deixou de ser o eterno coadjuvante e passou a fazer gols decisivos, empolgou até mesmo o técnico da seleção inglesa, Roy Hodgson. Também se machucou e está fora até mesmo da Copa do Mundo. O time precisava de um atacante para reforçar seu elenco, não conseguiu fazer muito na janela de janeiro, trouxe apenas o experiente meia Källström, que chegou machucado e sequer conseguiu finalizar seu primeiro treino.
Chegando a uma fase decisiva para definir seu futuro no campeonato, o clube mais uma vez enfrenta seu maior inimigo: as lesões. Ramsey vinha fazendo uma temporada para encher os olhos e a esperança de qualquer Gooner. O galês machucou e não joga desde dezembro. Walcott deixou de ser o eterno coadjuvante e passou a fazer gols decisivos, empolgou até mesmo o técnico da seleção inglesa, Roy Hodgson. Também se machucou e está fora até mesmo da Copa do Mundo. O time precisava de um atacante para reforçar seu elenco, não conseguiu fazer muito na janela de janeiro, trouxe apenas o experiente meia Källström, que chegou machucado e sequer conseguiu finalizar seu primeiro treino.
Hora da Decisão
Prestes a enfrentar o Chelsea em um jogo que promete traçar o
futuro do clube na Premier League, o técnico Arsene Wenger tem mais um nome
importante para a lista do departamento médico. Özil deve ficar afastado por
aproximadamente seis semanas.
A sequência do Arsenal na PL é complicada. Depois de jogar com o Chelsea em pleno Stamford Bridge neste sábado (22), o time tem seu único respiro contra o Swansea em casa, terça-feira (25). Depois disso enfrenta seus três principais jogos. No sábado (29) o Emirates Stadium deve pulsar forte, já que o time recebe o Manchester City e a vitória se torna obrigação, depois da humilhante derrota por 6x3 no primeiro turno. Em seguida pega o bom time do Everton fora de casa e finalmente partirá para o Wembley, onde decide sua vida contra o Wigan, na semifinal da Copa da Inglaterra.
Para esses confrontos diretos contra os poderosos times da ponta, é preciso que algumas peças do time mostrem seu futebol e um poder emocional mais balanceado, o que não tem acontecido em clássicos. Giroud faz seus gols em jogos mornos, mas é sempre muito questionado em jogos grandes, perdendo gols que não devem ser perdidos. Podolski é incógnita. Apesar de grande parte da torcida apoiá-lo, não é unanimidade com o técnico Wenger e costuma jogar vez sim, vez não. Com o número alto de desfalques e essa irregularidade, quem vem chamando atenção é justamente os coadjuvantes. Ox Chamberlain não é um primor técnico, mas compensa com sua força física e rapidez no ataque. Rosicky e Arteta precisam usar de suas experiências para buscar equilíbrio no elenco, e liderar o time.
A sequência do Arsenal na PL é complicada. Depois de jogar com o Chelsea em pleno Stamford Bridge neste sábado (22), o time tem seu único respiro contra o Swansea em casa, terça-feira (25). Depois disso enfrenta seus três principais jogos. No sábado (29) o Emirates Stadium deve pulsar forte, já que o time recebe o Manchester City e a vitória se torna obrigação, depois da humilhante derrota por 6x3 no primeiro turno. Em seguida pega o bom time do Everton fora de casa e finalmente partirá para o Wembley, onde decide sua vida contra o Wigan, na semifinal da Copa da Inglaterra.
Para esses confrontos diretos contra os poderosos times da ponta, é preciso que algumas peças do time mostrem seu futebol e um poder emocional mais balanceado, o que não tem acontecido em clássicos. Giroud faz seus gols em jogos mornos, mas é sempre muito questionado em jogos grandes, perdendo gols que não devem ser perdidos. Podolski é incógnita. Apesar de grande parte da torcida apoiá-lo, não é unanimidade com o técnico Wenger e costuma jogar vez sim, vez não. Com o número alto de desfalques e essa irregularidade, quem vem chamando atenção é justamente os coadjuvantes. Ox Chamberlain não é um primor técnico, mas compensa com sua força física e rapidez no ataque. Rosicky e Arteta precisam usar de suas experiências para buscar equilíbrio no elenco, e liderar o time.
Wembley calling!
Um clube como o Arsenal suplica por um título importante. A
Copa da Inglaterra é o torneio mais antigo de futebol no mundo, e muito
respeitado pelos times ingleses. Além disso, é o último título conquistado
pelos londrinos.
Mesmo com todos seus desfalques importantes e com um elenco limitado, o Arsenal tem feito bons jogos. O elenco já provou que, em conjunto, é possível sugar o máximo de seus jogadores e lutar de igual pra igual. Com uma “ajuda” do destino, o Wigan eliminou mais uma vez o poderoso time do Manchester City, o que causou alívio gigantesco para os Gooners. Do outro lado da chave, Hull City e Sheffield United fazem o segundo jogo da semifinal.
Se o time do Arsenal não costuma tropeçar nos pequenos, a lógica diz que nesses dez últimos anos, o clube londrino nunca esteve tão perto de levantar sua tão sonhada taça e dar fim a esse incomodo jejum. A decisão está marcada. Em 13 de abril, milhares de torcedores vão invadir o Wembley, com o coração na mão e a esperança em alta. O estádio vai estar mais vermelho que em outros jogos, e o sonho vai estar mais vivo do que nunca. É preciso equilíbrio, raça e força do conjunto. Chegou a hora do canhão de Londres ressurgir e buscar seu lugar no topo.
Mesmo com todos seus desfalques importantes e com um elenco limitado, o Arsenal tem feito bons jogos. O elenco já provou que, em conjunto, é possível sugar o máximo de seus jogadores e lutar de igual pra igual. Com uma “ajuda” do destino, o Wigan eliminou mais uma vez o poderoso time do Manchester City, o que causou alívio gigantesco para os Gooners. Do outro lado da chave, Hull City e Sheffield United fazem o segundo jogo da semifinal.
Se o time do Arsenal não costuma tropeçar nos pequenos, a lógica diz que nesses dez últimos anos, o clube londrino nunca esteve tão perto de levantar sua tão sonhada taça e dar fim a esse incomodo jejum. A decisão está marcada. Em 13 de abril, milhares de torcedores vão invadir o Wembley, com o coração na mão e a esperança em alta. O estádio vai estar mais vermelho que em outros jogos, e o sonho vai estar mais vivo do que nunca. É preciso equilíbrio, raça e força do conjunto. Chegou a hora do canhão de Londres ressurgir e buscar seu lugar no topo.